GREVE/ANO |
Nº DE IFES EM GREVE |
REIVINDICAÇÕES |
RESULTADOS |
1980
(26 dias de duração) |
19 |
· Reposição salarial de 48% retroativa a mar./80,
· Um novo plano de carreira,
· Verbas para a educação até atingir a 12% do orçamento da união,
· Reajuste salarial semestral,
· Revogação imediata do D.I. n.6733/79. |
Em 11/12/80 foram publicados o D.L. n. 820 e o Decreto n. 85.487, estabelecendo um novo plano de carreira do magistério superior das Instituições Federais Autárquicas e o reenquadramento dos docentes. |
1981
(20 dias de duração) |
20 |
· Reposição salarial de 45%, retroativa a mar./8l;
· Reajuste semestral igual ao INPC, em set./8l;
· Enquadramento dos professores colaboradores que haviam sido discriminados em 80;
· 12% do orçamento federal para a educação. |
- Reposição salarial de 30% para os docentes das IES autárquicas, a partir de 01/1/82;
- Reenquadramento dos colaboradores discriminados;
- Fixação de um prazo de seis meses para discutir a reestruturação da universidade.
|
1982
(32 dias de duração) |
18 |
- Reposição salarial de 23,8% sobre o salário de maio/82;
- Reajuste semestral igual ao INPC, em nov./82;
- Aposentadoria integral;
- Atribuição das vantagens dos estatutários aos regidos pela CTL, e vice-versa;
- Correção de distorções no enquadramento na nova carreira docente;
- Reestruturação da universidade com base na proposta da ANDES.
|
Recuo do governo na implantação, via decreto, do ensino pago nas universidades federais e da transformação das autarquias em fundações. |
1984
(84 dias de duração) |
19 |
- Reposição de 64,8% sobre o salário de jan./84;
- Reajuste semestral, em jul./84, com base no INPC e garantido por lei;
- 13º salário para os estatutários e quinquênio para os celetistas;
- Piso salarial de três salários mínimos para os servidores técnico-administrativos;
- Verbas para o pleno funcionamento das IES.
|
A greve se encerrou sem nenhuma conquista. Mas em jan./85 os docentes das autarquias tiveram uma reposição salarial de 20%, interpretado como resultado da greve de 84. |
1985
(45 dias de duração) |
16 |
- Reposição salarial de 38,5%,
- Reajuste salarial igual ao INPC do semestre,
- Implantação de reajuste trimestral,
- Adicional de 5% a cada quinquênio,
- Adicional de não inferior a 50%,
- 5% de produtividade,
- Aposentadoria integral,
- Verbas para custeio e capital das IES fundacionais no montante de 954 bilhões de cruzeiros.
|
O MEC comprometeu-se a elaborar um novo Plano de Cargos e Salários para as lES fundacionais, com isonomia salarial, a entrar em vigor em jan./86. (Com o novo plano de cargos e salários, algumas categorias de docentes em algumas fundações tiveram, em 86, ganho superior a 50%) |
1987
(44 dias de duração) |
45 |
- Adoção do Plano Único de Carreira para as IES federais, proposto pela ANDES;
- Isonomia salarial plena aos docentes das autarquias e fundações, segundo a tabela salarial proposta pela ANDES;
- Aposentadoria integral
- Verbas de custeio e capital no valor de 20,3 bilhões de cruzados, para retornar aos níveis de 1973;
- Revogação da proibição de contratação de pessoal nas IES federais.
|
- Aprovado pelo Congresso Nacional a Lei n.7.596, de 10 de abril de 1987, criando o Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos (PUCRCE).
- Em 23/7/87, o Decreto n. 4.664 regulamentou a Lei 7.596/87. A nova tabela salarial teve efeito financeiro retroativo a abr./87.
|
1989
(66 dias de duração) |
42 |
- Verbas para OCC correspondendo a 27,8% do orçamento global das IFES;
- Revogação da proibição de contratações e abertura de concurso público para atender às necessidades das IFES;
- Reposição salarial, de ABR/89, de 59,74%, acrescido do índice de custo de vida (ICV) do DIEESE;
- Reajuste mensal dos salários;
- Aposentadoria integral;
- Carreira única para os docentes de lº, 2ºe 3º graus;
- Regulamentação integral e aplicação imediata do PUCRCE em todas as IFES.
|
- Reposição salarial de 30% aos SPF em geral, em maio/89.
- Em julho, o governo se comprometeu a liberar verbas para a manutenção das IFES, a título de suplementação, no montante de 453 milhões de cruzados novos, a preços de abr./89.
- O plano de carreira dos docentes recebeu algumas alterações: o incentivo de DE para os docentes do 3º grau, passou de 40 para 50% sobre o salário base; para os docentes de 10 e 20 graus das IFES, este percentual passou de 25 para 30%; a progressão horizontal de um nível para outro da carreira passou de 4 para 5%.
- O governo autorizou a contratação, para o conjunto das IFES, de 760 docentes e de 1340 servidores técnico-administrativos.
|
1991
(107 dias de duração) |
48 |
- Recomposição dos salários aos valores reais de abr./90, implicando numa reposição de 44,38%;
- Incorporação aos vencimentos dos docentes das perdas salariais provocadas pelos planos econômicos “Bresser” (26,06%), “verão” (26,05%) e “Collor 1” (93,54%); (reajuste total reivindicado: 640,39%);
- Repasse para as IFES do saldo das verbas previstas no orçamento/90 e dos recursos estabelecidos no orçamento/9l, em valores reais;
- Abertura de concurso público para preencher vagas existentes nas IFES e para expansão do quadro de pessoal, com a imediata contratação dos selecionados;
- Escolha dos dirigentes das IFES por processo de eleições diretas e democráticas, esgotando-se o processo no interior das IFES;
- Garantia de repasse para a Andes-SN das contribuições dos docentes por ela representados (direitos sindicais), conforme a constituição federal.
|
- Rejeição pelo Congresso Nacional da MP n. 296/91, a qual excluía docentes e servidores das IFES e diversas outras categorias de SPF dos reajustes propostos pelo governo;
- Reajuste salarial geral aos SPF de 20% e correção da tabela de vencimentos dos docentes das IFES (e de outras categorias) pelo Projeto de Lei n. 1390/91, em jul./9l: para os docentes, este reajuste variou de 51,8% (para Prof. Auxiliar 1 Regime de 20 h) a 77,45% (para Prof. Titular com DE e doutorado);
- Em set./9l, os docentes das IFES conquistaram novo reajuste (nova tabela) com o PL n. 1611/91, resultando num índice de aumento que variou de 20% (para Auxiliar 1, 20 h, sem pós-graduação) a 48,8% (para Prof. Titular, com DE, tendo doutorado).
|
1993
(28 dias de duração) |
23 |
- Política salarial com reajustes mensais;
- Incorporação da gratificação aos vencimentos;
- Fim das distorções no processo de isonomia entre os três poderes;
- Plano nacional de capacitação docente;
- Reajuste de 106,8% para os servidores.
|
- Reajuste de 85% dos salários dos servidores;
- Reajustes quadrimestrais (80% da inflação) antecipações bimestrais (50% da inflação);
- Negociação de um plano de carreira;
- Pendentes: falta de isonomia interna e a reposição das aulas
|
1994
(34 dias de duração) |
5 IFES + outra AD’s (greve parcial) |
Posição unitária da classe de contraposição às investidas que o governo Itamar e as elites que lhe davam sustentação, vinham fazendo contra os interesses da maioria da sociedade brasileira; forçando uma legítima e danosa Revisão Constitucional e um Ajuste Fiscal que provocou perdas salariais. |
- Abertura da negociação em torno da isonomia entre os três poderes;
- Negada a inclusão das emendas do movimento sindical na MP – 482;
· Legitimação do direito de greve no serviço público |
1995
(23 dias de duração) |
+ ou – 15 mil docentes paralisados (Folha de SP 20/5/95) |
- Controle social das empresas e do serviço público;
- Defesa da previdência pública e das aposentadorias por tempo de serviço;
- Política salarial;
- Rejeição do substitutivo do senador Darcy ribeiro p/ a IDB e aprovação da PLC 101/93;
- Reintegração dos demitidos na reforma administrativa do governo Collor;
|
- Afastada a possibilidade de privatização das instituições públicas;
- Resgate do substitutivo do senador Cid Sabóia, que foi ao plenário do senado federal junto com o substitutivo do senador Darcy Ribeiro.
|
1996
(56 dias de duração) |
45 |
· Reajuste de 46,19%;
· Retirada dos projetos de reforma da previdência administrativa; |
- STF decide que SPFs têm direito à greve, que deve ser regulamentada pelo Congresso Nacional;
- Ameaça do Governo de corte de ponto e demissões;
- Recuo na posição de enviar ao Congresso o Projeto de Autonomia das Universidades;
- Promessa de discussão sobre mais contratações e verbas para as IFES.
|
1998
(103 dias de duração) |
46 |
- 48,65% de reposição salarial;
- Preservação da qualidade do ensino público;
- Autonomia às universidades na implementação do plano de incentivo à docência (PID).
|
- Ganharam 60% das gratificações previstas na lei Federal (GED).
|
2000
(87 dias de duração) |
31 |
- Isonomia salarial;
- Reajuste de 63,68 % das perdas;
- Fixação da data-base em 1º de maio;
- Reposição salarial imediata;
- Consolidação das carreiras específicas a partir do estatuto do serviço público;
- Incorporação das gratificações sem discriminação dos professores aposentados e do ensino de 1º e 2º graus.
|
- Barrou o Projeto de Autonomia do MEC para as Universidades brasileiras;
- Barrou o envio ao Congresso do Projeto de Emprego Público, do Governo Federal;
- Inclusão da elevação da massa salarial na LDO.
|
2001
(110 dias de duração) |
52 |
- Alteração do percentual de Titulação de 50% para 72% para doutores, de 25% para 36% para mestres, de 12% para 18% para especialistas e de 5% para 9% para aperfeiçoamento;
- Equiparação da GID à GED;
- Extensão de 60% da GID aos inativos das carreiras de 1º e 2º graus;
- Avaliação e carreira docente;
- Paridade e isonomia de vencimentos entre ativos e inativos;
- Recomposição do quadro funcional das IFES.
|
- Reajuste salarial de 12% a 13% no salário base;
- 3,5% de aumento para todos os funcionários públicos;
- Repasse de 60% da gratificação de incentivo à docência (gid) aos professores inativos;
- Contratação de dois mil professores ao longo 2002-11-14 criação de grupos de discussão para estudar mudanças na carreira acadêmica, autonomia universitária, entre outros.
|
2003
(36 dias de duração) |
35 |
Contra a PEC 40/03 (Reforma da Previdência). |
A PEC foi aprovada com modificações. A mobilização evitou prejuízos mais graves; |
2005
(106 dias de duração) |
40 |
- Entre os pontos nodais da reivindicação estão a valorização do trabalho docente e em defesa da Universidade Pública, Gratuita, Autônoma, Democrática, Laica e de Qualidade Socialmente Referenciada, contra a mercantilização da educação e pelo aumento da dotação orçamentária para as IFES;
- Reajuste de 18% como parte de recomposição salarial;
- Incorporação da GED, com equiparação pelos seus valores mais altos e da GAE, com paridade e isonomia;
- Retomada dos anuênios;
- Abertura imediata da discussão em torno da carreira única para os docentes das IFE, envolvendo o MEC, o ANDES-SN e o SINASEFE, com definição de calendário de trabalho com prazo para conclusão que anteceda o 25º Congresso do ANDES-SN;
- Realização de concursos públicos para reposição de todas as vagas nas IFES.
|
O Governo Federal, mesmo não atendendo o conjunto das reivindicações dos professores em greve, por força de pressão, acabou aumentando os recursos para melhorar os salários da categoria de R$ 300 milhões para R$ 600 milhões. |
2012
(120 dias de duração) |
50 |
- Nefasto alongamento da carreira (o gov. queria criar uma nova classe – Sênior acima do associado);
- Remuneração: gratificação GEMAS;
- Adicionais de insalubridade/periculosidade
- Nova carreira;
- Amplitude da carreira e níveis remuneratórios;
- EBTT: progressão D I para D III;
- Reajuste salarial linear? “reposição zero”!
- Estruturação (divisão) da carreira em dois cargos.
|
- Dois dias antes de deflagrar a greve o governo retirou a proposta.
- A greve obrigou o governo a abreviar a tramitação, convertendo o PL em Medida Provisória (MP 568) com imediata entrada em vigor (salário de maio/2012);
- A greve forçou o governo a recuar, voltando a calcular esses adicionais como percentuais sobre o vencimento básico;
- A greve forçou o governo a recuar. O PL 4368 cria um “Plano de Carreiras de Magistério Federal” abrigando as duas carreiras atuais (Magistério Superior e EBTT), que são reestruturadas;
- A greve forçou o governo a aceitar a proposta do ANDES-SN de 13 níveis remuneratórios. No entanto, perigosamente, nenhum artigo do PL 4368 fixa a amplitude da carreira. Por isso, o ANDES-SN propõe uma emenda ao artigo 1º, a qual explicita a existência de “um total de 13 níveis de vencimentos distribuídos nas classes…”;
- O Decreto 7806 de setembro/2012 permite a imediata concessão da progressão D I para D III;
- A greve impôs ao governo conceder reajuste linear de no mínimo 15,8% (escalonados sobre três anos: 2013 a 2015) para todos, além de correções e ajustes específicos para cada categoria. Para os docentes federais, as porcentagens são maiores, mas desiguais segundo as classes e níveis; devem ser avaliadas em relação ao período de agosto/2010 a março 2015. Os valores anunciados para 2013 apontam um reajuste aproximado de 13% (VB + RT). Considerando-se as perdas inflacionárias passadas (desde agosto de 2010) e projetadas (até março de 2013), as perdas foram no mínimo reduzidas ou empatadas, havendo vitória do movimento contra o congelamento e o arrocho;
- O governo aceitou a proposta do ANDES-SN de incorporação do titular à carreira.
|