A beleza pode ferir, mas tambem curar
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Era uma linda menina loirinha de laço de fita vermelho no cabelo. Era apaixonada por flores e encantada com a beleza dos jardins. Dia e noite colhia passeava por entre as plantas, colhendo rosas e cantando.
Um dia, porém, sofreu grande desilusão: a rosa que mais amava, aquela a qual dedicava todo seu carinho e atenção, feriu-lhe o dedo…
A pobre criança ficou traumatizada. Correu para casa, para os braços da mãe, onde chorou compulsivamente sua dor. Nunca mais quis saber de flores, nem de jardins, nem de qualquer coisa que os lembrasse. Seu mundo agora era feito de concreto, cimento e pedras. Construíra um muro para proteger-se dos espinhos… Os dias foram passando, com menos beleza, sem verde e sem aroma do campo…
Mas, um dia, aquela criança cresceu, não usava mais laço de fita no cabelo, já não era mais apaixonada pelas flores e seu jardim era de pedra… Aventurando-se por ele, tropeçou, caiu e ralou os joelhos. Havia sangue. A dor era grande demais, tudo ardia e latejava. Sua avó, sabia das coisas da vida, a colocou sobre o balcão, limpou a ferida com água, depois foi ao jardim, aos fundos de sua casa, e pegou algumas folhas. Com algumas fez um chá de ervas para que a netinha se acalmasse e com outras uma compressa sobre o machucado. Logo, o sangue não mais escorria, a ferida estancou e o susto passou.
Naquele instante, a velha senhora deu a sua netinha a maior de todas as lições que ela deveria aprender: a vida é uma aventura, cheia de beleza, todos nós somos crianças encantadas com a beleza do jardim chamado mundo, em nossa inocência pueril podemos nos ferir, entretanto, não é porque uma única rosa mal intencionada nos feriu uma vez que todas as outras nos farão o mesmo. Algumas vezes, elas podem até curar as feridas e, com o tempo, as cicatrizes desaparecerão.
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08/07/2011
Gostei muito da lição… parabéns