Vai um copinho…
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Quebram as regras, abusam da liberdade e testam os limites. São jovens e o álcool é o seu principal aliado.
Visto como foram forma de diversão para muitos jovens, o álcool é na realidade uma droga lícita. Com dois milhões (o equivalente a 20%) de jovens a correrem atualmente risco de virem a sofrer de doenças de fígado por beberem álcool em demasia, o elevado consumo de álcool é hoje um dos mais preocupantes problemas da sociedade portuguesa.
Para além dos problemas relacionados com o fígado, o álcool traz outro tipo de doenças, como doenças cardíacas, o cancro no esófago e no pâncreas, a osteoporose, etc.
A adolescência é a altura em que as alterações, quer a nível físico quer a nível psicológico. Alguns distúrbios psicológicos, bem como alguns desvios comportamentais são consequências óbvias, funcionando o álcool como um dos principais aliados, numa altura em que serem aceites socialmente é o objectivo primordial.
Uma componente importante que muitos adolescentes referem é que ao beberem à noite tem muita mais coragem e sentem-se mais desinibidos. É então nesta fase que os pais, como principais alicerces e fornecedores de educação, devem saber colocar um travão neste tipo de comportamentos e indicar a conduta mais correta.
Vários estudos demonstram que os pais que comunicam, que estão ativamente envolvidos com os filhos até aos 10, 11 anos de idade, que estabelecem expectativas claras para o comportamento dos filhos, que praticam uma boa supervisão, que não colocam os filhos perante os conflitos conjugais e, principalmente, que são consistentes na aplicação de regras de disciplina, aumentam a probabilidade de os filhos aos 12,13 anos de idade considerarem o álcool perigoso, diminuindo assim a possibilidade de iniciarem consumos precoces. Ao contrário, a falta de disciplina, a hostilidade, a rejeição e o consumo em casa, são tidos como impulsionadores de consumo elevado de álcool nesta fase. Quanto mais tarde o adolescente tiver contacto com álcool, menor será o risco de vir a ter problemas relacionados com a bebida.
Sendo Portugal um país vinícola, em que as famílias desde cedo se habituaram ao consumo de álcool, com as tradicionais ‘sopas de cavalo cansado’, feitas com pão e vinho tinto, que eram dadas às crianças ao pequeno-almoço, para lhes ‘dar força’, como acreditavam na altura, Hoje a tradição dos vinhos mantém-se, ainda que numa perspectiva diferente – à mesa com a família, num jantar de negócios ou entre amigos. Os portugueses consomem 2, 8 milhões de litros de bebidas alcoólicas por dia, cada português com mais de 15 anos bebe em média cerca de 115 litros de álcool, sendo a cerveja a preferida. É necessário mudar esta realidade.
Em suma, as influências sociais, em que se incluem a família e o grupo de amigos, são os principais responsáveis pelo consumo precoce de álcool entre os jovens.
Não sou contra ao álcool, mas há que haver moderação. Um copo de vinho às refeições é recomendado, tudo que ultrapasse dá direito a mais tarde pagarmos uma factura muito pesada, seja a nível de doenças, a nível de família ou mesmo com as autoridades (sim porque as multas estão cada vez mais elevadas, é como os impostos, sempre a subir) …Vivam felizes.
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