Endometriose pode levar à infertilidade
Diversos problemas de saúde podem levar à infertilidade e a endometriose é um deles. A doença caracteriza-se pela implantação do endométrio fora da cavidade endometrial, ou seja, o revestimento do útero acomete ovários, intestinos e a parede abdominal. A endometriose prevalece no Brasil e deve ser tratada precocemente afim de evitar sintomas mais graves e até mesmo a infertilidade feminina.
A endometriose apenas pode ser diagnosticada ao consultar um consultório de ginecologia e realizar diversos exames, conjuntamente com a análise clínica da paciente pelo obstetra e por alguns sinais. Os principais exames que compõe o quadro a ser analisado para detectar a endometriose são: exames de sangue, ultrassonografias transvaginais e ressonância nuclear da pelve. Além disso, a videolaparoscopia com biópsia é um dos melhores exames para diagnosticar a endometriose.
Entre os sintomas que podem ajudar no diagnóstico mas que nem sempre indicam a endometriose estão a dor pélvica severa durante e após a menstruação; sangramento excessivo no período menstrual ou fora dele; dor na relação sexual (antes ou depois do ato sexual), dor ao realizar necessidades fisiológicas e sintomas mais brandos como fadiga, diarreia, constipação intestinal, náuseas e vômitos, sintomas esses intensificados durante o período menstrual.
Estudos apontam ainda que a endometriose pode ser um fator de risco para o desenvolvimento do câncer ovariano. A infertilidade acomete cerca de um terço das pacientes que possuem endometriose, mas diversas mulheres conseguem engravidar e ter uma gestação saudável mesmo com a doença.
O tratamento para a endometriose pode envolver a administração de hormônios, medicamentos para aliviar a dor e até mesmo intervenções cirúrgicas. O uso de hormônios, no entanto, não pode ser realizado de forma continuada e os sintomas pode voltar ao término do tratamento.
A histerectomia total – retirada do útero e dos ovários – pode ser necessária em casos severos de endometriose. O procedimento é a última alternativa de tratamento buscada pelos ginecologistas, especialmente quando a mulher ainda está no período de vida reprodutiva, uma vez que impossibilita completamente novas gestações.