Documentário “All In: The Poker Movie” de Douglas Tirola
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Pela 1ª vez em quase um ano o poker obteve críticas positivas por parte da imprensa, graças ao lançamento do documentário “All In: The Poker Movie”.
O documentário dirigido por Douglas Tirola e produzido pela 4th Row Films tem recebido vários elogios desde o seu lançamento limitado em março de 2012.
All In é um curso de pesquisa sobre o poker, abordando a sua crescente popularidade ao longo dos últimos dois séculos. Tirola narra o boom glorioso do poker, alimentado pela impressionante vitória de Chris Moneymaker no Evento Principal das World Series of Poker de 2003. Infelizmente, o filme também aborda a eventual queda da indústria do poker online, quando o Departamento de Justiça mandou fechar algumas das principais salas de poker online a 15 de abril de 2011, na que foi apelidada de “Black Friday” pela comunidade do poker.
O poker, como o filme argumenta, é sinónimo de América , tal como acontece com o basebol e a tarte de maçã. Apesar das experiências de poker da pessoa média estarem enraízadas em jogos de cozinha de apostas baixas, Hollywood glamoriza a natureza “fora da lei” do jogo. Desde o início do cinema mudo, o poker tem sido mostrado como um jogo jogado por renegados, canalhas, bandidos e delinquentes. Esse é um estigma poderoso para superar, e tem sido uma nuvem negra perpétua que paira sobre o poker, e que é muitas vezes usado por adversários políticos do poker online para fazer avançar a sua agenda de “valores familiares”.
A história sobre como Chris Moneymaker se tornou um nome familiar é tecida através do filme em uma série de entrevistas francas. Um grande número de profissionais famosos também foram entrevistados, incluindo Phil Hellmuth, Annie Duke, Howard Lederer, Daniel Negreanu e Greg Raymer.
O co-argumentaista de “Rounders”, Brian Koppleman, deu algumas dicas sobre as salas de jogo ilegais em New York City, incluindo o Mayfair Club, onde muitas das maiores estrelas do poker jogavam poker, gamão e xadrez.
Além disso, o filme inclui aparições de estrelas fora do mundo do poker, com entrevistas com o ator e vencedor do Oscar, Matt Damon, e o músico Kenny Rogers.
A produção de All In começou em 2009, e a “Black Friday”do poker ocorreu durante as últimas fases de filmagem, de modo que o diretor e os produtores queriam incluir o máximo possível de informações pertinentes sobre a “Black Friday”. Alguns dos entrevistados apontaram o dedo aos casinos como sendo as empresas que mais beneficiariam financeiramente. No entanto, o filme nunca mergulhou mais fundo em tais alegações. Por isso, este é um filme sobre o poker em geral, e não especificamente sobre a “Black Friday”. Um dia, talvez algum cineasta ambicioso descubra as verdadeiras razões que levaram a que a proibição do poker online fosse concretizada.
“All In: The Poker Movie” oferece aos telespectadores uma visão do mundo, eclético e ainda incompreendido do poker. Ele não é tão glamoroso como muitas vezes é descrito, mas o mais importante, é que também não é tão ameaçador quanto o governo pensa. Espera-se que este documentário ajude a quebrar quaisquer noções preconcebidas sobre o mundo do poker e a esclarecer equívocos sobre as ambiguidades morais desta próspera indústria internacional.
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